"Igrejas Cibernéticas"

Pesquisando na internet qualquer motor de busca encontram-se várias "igrejas"estranhas. Organizações que se dizem parte da Igreja , afirmam possuir ordens e sacramentos válidos estando sempre registadas oficialmente de acordo com a lei civil o que amplia significativamente sua legitimidade pois passaram pelo notário.
Esta ilustre estirpe, meio nobre, meio ortodoxa,meio católica mas seguramente 100% falsa.
Valem-se da ignorância das pessoas, que pensam ter encontrado diversas" tradições" da Igreja Cristã , Católica, Protestante ou Ortodoxa.Sucedem de tudo o que é possível ou impossível, da igreja anglicana, romana, ortodoxa, evangélica,copta,presbiteriana, luterana, etc.Afirmam sempre com grande intensidade a sua linha de sucessão apostólica . Tudo para justificar a “origem” apostólica da suposta comunidade. Apresentam "provas" com maior ou menor imaginação tudo made in internet .São ousados e nada tímidos.
Ora quem tem a verdadeira sucessão apostólica não fica a afirmar e a justificar a mesma. Essas" igrejas" normalmente entram em contradição quanto a lugares ou outros detalhes, numa leitura mais atenta.

Todas elas tem um “arcebispo"," primaz”,"Katholikos","metropolita"."patriarca" ou outro título sonante.

Registam-se com nomes estranhos do tipo:Igreja Ortodoxa Católica dos Bálcãs do Sul ou Igreja Apostólica e Histórica da Letônia ou ainda Lusitana Hispânica e dos Algarves e Toda a Patagónia etc.

Os “padres” e "monsenhores" todos grandes "exorcistas" nobres, titulares são itinerantes e por isso não sabemos onde moram temos o seu e-mail e é quanto basta. Claro que algums possuem “paróquias” e "catedrais".

Afirman-se membros da Igreja Ortodoxa do Leste Europeu na Diáspora ou no Exilio, vinculadas a comunidades desconhecidas no país , mas na verdade surgiram no fundo do quintal ou garagem de alguém.

Os "clérigos" por vezes já foram padres ou seminaristas e usam muito os títulos , Sua Eminência Reverendíssima e Beatíssima, Monsenhor Dom .
Sua Santidade Sua Beatitude vestem-se a rigor de forma a impressionar e mudam de estilo com frequência.
Escrevem cartas a diversas entidades (colocando questões ou opinando sobre a actualidade),na esperança de receberem uma resposta nem que seja pela negativa para logo servir de reconhecimento formal dos seus títulos.
Enviam comunicados onde informam a imprensa das suas "actividades" que por vezes publicam por desconhecimento dos jornalistas ou porque o absurdo tambem “vende”, aparecem em eventos como “penetras” procurando visibilidade.
Aproveitam largamente da boa vontade das instituições que não questionam as suas credenciais.
É absurdo pensar que a coberto da chamada "liberdade religiosa" estas pessoas aproveitam em todo o mundo cristão de grande margem de manobra acabando por ludibriar os mais incautos a quem resta apenas aprender com a experiencia quantas vezes bem amarga.
Alguns fecham os olhos e cínicamente fingem não entender e por vezes mesmo aproveitar esta confusão para benefício próprio.