Terça-feira, 1 Março 2005 00:59 (23:59Z)

Público OnLine (Portugal)Recorte Imprensa

Monge da Igreja Ortodoxa confessa ter abusado de criança de cinco anos
Crimes em julgamento terão sido cometidos entre Maio e Agosto de 2003. O Tribunal de Vila Franca de Xira começou ontem a julgar um monge da Igreja Ortodoxa portuguesa, acusado de abuso sexual de crianças. O arguido confessou parte dos crimes, mas justificou a situação com a vontade de "proteger a Igreja". Afiançou, além disso, que era uma menina de cinco anos quem o procurava para práticas sexuais, o que, em seu entender, demonstrava que manteria esses comportamentos com outros membros da comunidade. O arguido, oleiro, de 36 anos, já professava a religião ortodoxa e diz que sempre pensou tornar-se monge mas só há cinco anos entrou numa comunidade, então instalada em Mafra. Esta comunidade, que já passara por Sintra, mudou-se, em Janeiro de 2003, para a Quinta da Granja, uma propriedade rural de Cachoeiras, concelho de Vila Franca. Foi aí que, segundo o Ministério Público, o monge terá, entre Maio e Agosto de 2003, sujeitado uma menina de cinco anos a vários abusos sexuais. Diz a acusação que, aproveitando a relação de confiança com a mãe da criança (uma das responsáveis do mosteiro), o arguido abusou sexualmente da menina. O Ministério Público acrescenta que o homem terá uma vez sido surpreendido por um rapaz de 10 anos - que também vivia na comunidade - e que posteriormente o terá violado, amarrando-o a uma cama. A situação acabou por ser descoberta e investigada pela Polícia Judiciária e o arguido foi detido em Março de 2004, já depois de ter sido convidado a sair da comunidade. A menor, de acordo com exames efectuados, mantinha o estado de "virgindade anatómica". Em audiência, o monge contou ontem que trabalhava na quinta e tomava conta do mosteiro e garantiu que foi a menina que começou a manifestar interesse em "namorarem" e em manterem contactos sexuais; diz que começou por recusar, mas que a criança lhe terá dito que "já tinha tido relações" com outros membros da comunidade. Garantiu que nunca abusou do rapaz. "Como é que é capaz de dizer que foi uma criança de cinco anos que o seduziu?", estranhou a juíza presidente do colectivo, Hermínia Oliveira. "No mosteiro fazia-se tudo menos rezar. A ideia com que ficamos é que é uma autêntica perversão", prosseguiu. O arguido disse ainda que, em Mafra, terá havido problemas com monjas menores e um outro responsável da Igreja, mas o caso terá sido "abafado". O procurador da República garantiu que as denúncias serão investigadas. Na sessão foram ainda ouvidas duas inspectoras da brigada de crimes sexuais da PJ, que afirmaram que a menina falou apenas de abusos cometidos pelo arguido, mas admitiram que a comunidade é muito fechada. "Dava a sensação de ter algum receio de contar certas coisas", disse uma delas.




MOSTEIRO “ORTODOXO” da “Igreja Católica Ortodoxa de Portgal” liderada por um tal (Theodoro) como “arcebispo”e outro (“D.joão1º”Mário Ribeiro ),nas Cachoeiras,Alverca.

No Tribunal de Vila Franca de Xira, juíza presidente do colectivo, Hermínia Oliveira:

"No mosteiro fazia-se tudo menos rezar.A ideia com que ficamos é que é uma autêntica perversão",prosseguiu.O arguido disse ainda que,em Mafra, terá havido problemas com monjas menores e um outro responsável da Igreja,mas o caso terá sido "abafado".

O procurador da República garantiu que as denúncias serão investigadas.Na sessão foram ainda ouvidas duas inspectoras da brigada de crimes sexuais da PJ,que afirmaram que a menina falou apenas de abusos cometidos pelo arguido,mas admitiram que a comunidade é muito fechada."Dava a sensação de ter algum receio de contar certas coisas",disse uma delas.