A VOCAÇÃO DO SACERDOTE

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A Fé dos Homens

A Fé dos Homens: A Fé dos Homens - CTECR - Diálogo inter-religioso Com. Bahá'i + AEP + Igreja Católica + Ig. Ortodoxa Grega.

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O celibato não é vocação, vocação é a família,o celibato é fuga, a vocação humana é o relacionamento do amor. O abuso sexual é crime contra o próximo, os clérigos devem de ser severamente punidos, a impunidade é inadmissível, eu pessoalmente conheço um "bispo" abusador que tem actuado com grande impunidade, uma pessoa com mau feitio difamador, rodeado de outros também duvidosos clérigos. Por vezes é frustrante quando denunciamos e deparamos com a instância superior indiferente. A única maneira de lidar com isto é o afastamento, o corte, não colaborar. Os armários começam a abrir timidamente, mas a vida dupla de muitos continua no silêncio das vítimas,

No dia 6 de Janeiro de 2017 , numa cerimónia ecuménica na Igreja de Santo André
(comunidade Escocesa presbiteriana) o Presidente da Republica Portuguesa
reconheceu a presença ortodoxa em Portugal e sua importância na vida espiritual de Portugal.

Ouvir Deus


Muitos de nós defendemos teses, debatemos questões da nossa sociedade, conquistamos títulos e troféus, mas a um dado momento reconhecemos o desconhecimento total do nosso mundo interior, não sabemos quase nada da nossa alma.


“Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos; o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos” (2 Co 1.9-10).

É preciso colocar a confiança em Deus e não em nós próprios ou nos outros.

Não confiar em coisas ou pessoas para não ficarmos frustrados, pois esta frustração gera o medo.

“Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do Senhor”! Porque será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto. Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17.5-9).



Aprender a ouvir Deus e não as vozes do maligno.

“Os ídolos são como um espantalho em pepinal e não podem falar; necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, e não está neles o fazer o bem” (Jr 10.5).



A tribulação, por mais difícil que seja, não dura para sempre.

“Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente” (Sl 9.18).



Ouvir a Deus e confiar em suas promessas é o único caminho para a vitória sobre o medo.



Avaliar o sofrimento

Devemos pedir a Deus discernimento da razão do sofrimento;Você esta sofrendo porque obedece ou desobedece? O sofrimento tem te aproximado de Deus?

(I Pedro 4:15) - Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios;

(I Pedro 4:16) - Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte.




Eu e Pessoa

Para mim sou quem  penso que sou, Para os outros o que cada um sente que sou.
O que me julga, erra imenso.Cada um é muita gente. Para os irmãos católicos sou certamente um conservador retrógrado, para os reformados uma espécie de feiticeiro, para alguns um místico muito próximo dos budistas.
Eu gostaria de ser cantor de ópera ,afinal não sou uma coisa nem outra, quem sabe o que sou?
Não me sonhem nem me outrem.Se eu não me quero encontrar, Quererei que outros me encontrem?


Πρόεδρος κ. Γεώργιος Π. Ποταμιάνος

O Presidente da Comunidade
Georgios Petros Potamianos

(1941-2012)

Memória Eterna!


MENSAGEM PASCAL 2012



Amados em Cristo,
Se a ressurreição de Cristo se referisse apenas a Ele, o seu significado para nós seria nulo. Cristo, porém, não ressuscitou sozinho, mas fez ressuscitar juntamente com Ele ,todos os seres humanos. Proclama fervorosamente, em relação ao tema, dentre os nossos predecessores, o santo ( boca de ouro): «Cristo ressuscitou, e não deixou nenhum morto no sepulcro. Tendo, pois, Cristo ressuscitado dos mortos, tornou-se a primícia entre todos os mortos». Primícia, isto é, da ressurreição de todos os mortos e dos que a partir de então irão morrer, e de seu translado da morte para a vida. A mensagem é de alegria , pois a ressurreição de Cristo destronou  o poder da morte. Aqueles que creem n'Ele esperam a ressurreição dos mortos e, por isso, são baptizados na sua morte;  ressuscitam com Ele, e vivem a vida eterna.
O mundo, longe de Cristo, procura acumular bens materiais apoiando neles a esperança da sua vida. Imprudentemente acredita que através da riqueza evitará a morte. E o homem errático, para acumular riqueza, acreditando que assim prolonga a sua vida, leva a morte aos outros. Retira-lhes a possibilidade de sobrevivência económica e, muitas vezes, interrompe violentamente o curso de suas vidas, pensando e esperando que assim  salva sua própria.
Ai dele, porém! É grave o seu engano. A vida é obtida somente por meio da fé em Cristo e da incorporação n'Ele.
A experiência da Igreja Ortodoxa  assegura-nos que aqueles que se unem a Cristo, vivem depois da morte, convivem com os vivos, dialogam com estes, os escutam e, frequentemente, atendem milagrosamente as suas súplicas.
Não é mais necessário, pois, procurar pelo mitológico elixir da imortalidade: a imortalidade está em Cristo e, por meio d'Ele, é oferecida a todos.
Não é necessário que povos sejam exterminados para que outros sobrevivam. Tampouco, que indefesas vidas humanas sejam ceifadas para que outros possam viver com mais conforto. Cristo oferece a todos a vida terrena e a celestial. Ele ressuscitou, e todos os que quiserem poderão seguir o caminho da ressurreição. Por outro lado, os que direta ou indiretamente espalham a morte, acreditando que desta forma poderão acrescentar dias às suas vidas ou mais conforto aos seus dias, condenam-se a si mesmos à morte eterna.
Nosso Senhor Jesus Cristo veio ao mundo para que todos tenham vida e vida em abundância. É um grande erro supor que o se possa alcançar bem-estar para a humanidade através dos conflitos. Cristo ressuscita dos mortos e anula a sua morte. Ele tem a força da transcendência da morte. O fato de que venceu a morte confirma a sua repulsa em ralação a ela. Cristo conduz à vida e no-la dá, se é que foi mesmo interrompida, pois Ele é a nossa vida e a nossa ressurreição. Por isso é que, nós, os fiéis, não tememos a morte. Nossa força não está baseada na invulnerabilidade de nossa existência, mas na certeza da ressurreição.
Cristo ressuscitou! E nós haveremos de ressuscitar! Sigamos, pois, amados irmãos e filhos no Senhor, o Cristo que ressuscita em todas as suas obras. Socorremos aqueles aos quais faltam os meios básicos de sobrevivência, para que permaneçam na vida. Proclamemos aos que ignoram a ressurreição de Cristo, que através dela a morte foi revogada e que, consequentemente, também eles podem participar em sua ressurreição, crendo n'Ele e seguindo os seus passos. A nossa ressurreição é plena somente se inclui a ressurreição de nossos outros irmãos. Então, a proclamação vitoriosa: "Cristo ressuscitou" haverá de ressoar salvíficamente para toda a humanidade. Assim seja.

Páscoa 2012

Natividade

Dia 25 de Dezembro ,
Liturgia de NATAL
Discurso do Presidente da CEP, na abertura dos trabalhos da 153ª Assembleia Plenária

Senhores Arcebispos e Bispos
Senhor Encarregado de Negócios da Santa Sé
Estimados Presidentes da CNIR, FNIRF e FNIS
Senhores Jornalistas

1. Ainda revigorados pelas celebrações pascais, que nos deram a alegria de sentir a Igreja viva, participação na Vida de Jesus Ressuscitado, damos início aos trabalhos de mais uma Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa. Move-nos na reflexão e nas necessárias decisões, o nosso múnus de Pastores da Igreja, que queremos conduzir para a plenitude da graça pascal, fiéis à Palavra de Jesus que nos envia, atentos aos problemas dos homens, conscientes da missão da Igreja no mundo. Queremos fazê-lo em comunhão com a Igreja Universal, unidos a Sua Santidade o Papa, a quem saudamos filialmente.

Saudamos o Senhor Núncio Apostólico, retido em Itália por motivos de saúde, desejando-lhe um rápido e total restabelecimento; e manifestamos a nossa amizade e solicitude ao Senhor Bispo de Viseu, ausente porque ainda convalescente de intervenção cirúrgica delicada. Na nossa oração pediremos a Deus o seu rápido restabelecimento, se essa for a Sua vontade.

2. É a primeira vez que nos reunimos depois da perturbação à paz mundial, provocada pela intervenção militar no Iraque, o que provocou por toda a parte uma onda de manifestações e protestos contra a intervenção militar como caminho para resolver a situação de um regime violento e perturbador da paz.

Vencer a luta pela paz, eis uma meta ideal prosseguida pelos cristãos, desde há dois mil anos, e por todos os homens e mulheres de coração recto, que recusam a guerra como solução dos conflitos. Nestes momentos conturbados e dolorosos, fortalecem-nos nessa luta e na nossa esperança, as palavras de Jesus ressuscitado: a paz esteja convosco! Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz! Não como o mundo vo-la dá! Eis a distinção decisiva, a inspirar todas as lutas da Igreja em favor da paz: os seus caminhos, os seus critérios, não se confundem com os da política, dos interesses ou das simples análises de sistemas e oportunidades.

Agradecemos ao Santo Padre a sua lúcida, corajosa e inquebrável intervenção a favor da paz, sem nunca se intrometer em juízos ou processos políticos acerca de nenhuma das partes envolvidas. A paz é um valor absoluto, ligado ao carácter sagrado da vida humana e à vocação de diálogo e de fraternidade impressos no íntimo de cada ser humano; a paz vale por si, sejam quais forem as circunstâncias históricas das ameaças de guerra e de violência. Escutámos, comovidos, essas corajosas palavras do Papa, e fizemos delas a nossa mensagem às comunidades cristãs de que somos Pastores. Elas motivaram iniciativas de oração e de meditação, inúmeras vezes propostas na dinâmica da vida interna da Igreja.

Mesmo assim algumas vozes, não muitas, mas com a força que lhes dá a mediatização que lhes é oferecida, acusaram a Conferência Episcopal de silêncio grave e cúmplice, na denúncia da guerra, chegando-se a afirmar que deveríamos responder perante a opinião pública, dado o nosso alinhamento com o Governo e uma certa orientação política. Essas afirmações magoaram-nos por virem de quem vieram e por as considerar profundamente injustas, porque inexactas, desconhecendo o âmbito próprio da missão da Igreja, e a intensidade das várias intervenções, nesse âmbito específico.

Todos verificámos que a referida crise internacional provocou alinhamentos políticos e partidários, normais e justificáveis na óptica que lhes é própria, mas que não é, não pode ser a dos Bispos Portugueses. Estamos com o Santo Padre, propondo a paz como valor em si mesma, para além das clivagens e das análises políticas. E agora que a voz dos “media” começa a silenciar-se, relegando a situação do Iraque para o silêncio de todos os dramas humanos, a nossa luta pela paz continua, sob a forma da ajuda fraterna e solidária, de luta pela dignidade da pessoa humana e de justeza das soluções futuras, no respeito pela justiça.

Pelos nossos Estatutos, no intervalo das Assembleias Plenárias, perante a emergência de situações graves como a que referimos, compete ao Conselho Permanente e à Presidência da CEP, decidir da posição e orientação dos Bispos de Portugal. Fizemo-lo com discernimento e sem medo de assumir responsavelmente uma linha orientadora. Mas agora que estamos reunidos, estamos completamente abertos e disponíveis para uma reflexão sobre a orientação que traçámos.

3. Não posso deixar de referir um episódio triste a que assistimos nos últimos dias: dois canais de televisão que deram relevo, no âmbito dos seus noticiários, ao facto de um certo senhor, que se auto-intitula Arcebispo Metropolita de uma igreja ortodoxa portuguesa, ter aceite “abençoar” a união de dois homossexuais. O facto de aparecerem vestidos com o traje eclesiástico, como qualquer de nós, e a ambiguidade dos títulos que usam, geraram confusão e indignação em muitos fiéis.

Quero por isso declarar claramente, aos fiéis católicos e aos portugueses em geral, que essa auto-proclamada igreja ortodoxa de Portugal, não é reconhecida por nenhum dos Patriarcados Ortodoxos com quem estamos em diálogo ecuménico. Lamentamos a ambiguidade com que se apresentam, procurando propositadamente gerar a confusão. Não têm nada a ver, nem com a Igreja Católica, nem com as Igrejas Ortodoxas com quem estamos em diálogo e cuja dignidade, confirmada por uma longa tradição, é também ofendida. A nossa indiscutível abertura ao diálogo ecuménico não passa por aí.

Estamos, em Portugal, em ambiente democrático de liberdade religiosa, confirmada e regulada por Lei. Mas realidades como estas levantam-nos o problema da inevitável relação, na aplicação da Lei, entre liberdade religiosa e qualidade religiosa.

4. Da Agenda dos nossos trabalhos refiro apenas dois pontos, dada a sua relevância para a missão da Igreja na Sociedade:

4.1. O projecto de “Carta Pastoral” sobre moral social. O cristianismo é uma fidelidade, pessoal e comunitária, a Jesus Cristo e à Sua Palavra, inspiradora de uma nova maneira de viver. A essa exigência do Evangelho, chama-se moral cristã. Ela diz respeito à nossa relação com Deus, participando da própria relação filial de Jesus, com Deus Seu Pai, e às exigências para com os outros homens, nossos irmãos, como pessoas e em sociedade. Há exigências sociais no viver moral dos cristãos.

A Igreja, exercendo o seu dever de ensinar, deve lembrá-las continuamente, referindo-as às situações concretas da sociedade em que vivemos. Essa é uma maneira de a Igreja contribuir para o bem da sociedade. A vida democrática é um equilíbrio de direitos respeitados e deveres assumidos, pelo Estado e pelos cidadãos e outras pessoas jurídicas da sociedade civil. A defesa dos direitos estará comprometida quando os deveres de todos e cada um não forem responsavelmente assumidos.

4.2. Considero, igualmente, particularmente significativa, a proposta de criação de uma Comissão Episcopal para a Pastoral da Cultura. A fé deve ter um diálogo permanente com a cultura, sendo esse o melhor caminho para uma evangelização da cultura.

5. Entregamos os nossos trabalhos à protecção de Maria Santíssima, que mais uma vez nos acolhe no seu Santuário, ela a Mãe da Igreja e a Rainha da Paz.

† JOSÉ, Cardeal-Patriarca
Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

Fátima, 5 de Maio de 2003